Pense no seguinte:

 Imagine que você compre um ingresso para assistir ao jogo do seu time favorito no estádio do Maracanã.  Após assistir 90 minutos de jogo, torcer e vibrar pelo seu time, você termine de acompanhar o jogo, mas agora você já não é apenas um mero torcedor, mas o técnico do time. (Um técnico com experiência de 90 minutos).

Será que apenas comparecer a um jogo de 90 minutos pode fazer um torcedor sair do estádio como um técnico profissional? Obviamente que não.

Entretanto é assim que muitos profissionais, após um curso de coach, uma imersão de três dias ou uma história de vida com superação e repleta de entretenimento se rotulam “coach de alta performance”.

O problema, no entanto, não é ser um coach, uma profissão, inclusive, crescente a cada dia no Brasil e que tem o seu valor. A objeção é sobre o descrédito que muitos coaches fanfarrões estão caindo, devido a banalização da profissão.

É verdade, tem coach para todo tipo de necessidade. Emagrecimento, motivação, carreira, saúde, bem-estar e até o coaching do amor, que promete trazer a pessoa amada em sete dias, e veja bem, não é macumba.

Há quem divulgue suas consultorias dizendo: “Aprenda agora a conquistar qualquer mulher, mesmo sendo feio, sendo pobre ou sem outra virtude”. Uma verdadeira loucura, loucura, loucura – como diria Luciano Huck.

Mas a pergunta que não quer calar é: “um cursinho de final de semana, uma imersão de três dias ou um treinamento de apenas 20 horas pode qualificar uma pessoa como coach de alta performance”?

Se um profissional idôneo estuda em média cerca de quatro anos para depois tornar-se um coach, é valido se promover apresentando apenas um diploma de horas? Você confiaria em um profissional que se formou num único fim de semana como dentista, por exemplo? Bem, eu também não!

Mas por que então confiamos, pagamos caro e frequentamos palestras dos coachs fajutos? Eis a questão.

A função do Coach

O papel do coach é treinar, motivar e incentivar as pessoas para extrair delas o melhor potencial que possuem. Tudo em favor da obtenção de metas e objetivos de seus clientes. Técnicas e estratégias de PNL, hipnose, neurociência e psicologia entram em cena, e se você estiver em parceria com um coach competente, os resultados virão sem dúvidas. Entretanto não é isso que temos visto no mercado atualmente não é mesmo?

A verdade é que a grande baderna dos coachs está por todos os cantos, e temos que aguentar isso calado.

Inúmeros gritos de guerra, mantras seguidos da frase “Yes” e pulos impulsivos a fim de motivar a galera, trazem uma “suposta” motivação que, semelhante à onda do mar, morre na praia em poucos dias.

O psicólogo e mestre em psicologia Felipe Dias, em seu artigo denominado “A farra do coaching e as mentiras que te contaram” disse:

E porque essas práticas se mantêm? Por um motivo simples, elas beneficiam as escolas de formação e os coaches de palco. Aquela alegria e emoção sentidas no programa de “personal coachingvão fazer o consumidor do curso querer fazer o próximo curso “executive coaching”, depois o “business coaching”, “power coaching”, “extreme coaching”, “master ultra power leader coaching”. E para fazer a ligação são sempre apresentadas, no fim do curso, as cenas do próximo capítulo geralmente acompanhadas da frase “no próximo treinamento vocês não têm ideia das técnicas poderosas que vamos aprender”.

O fato é que, eu não sou seu Coach!

Bem, pelo menos não este perfil de coach. Eu não sou o cara que promete trazer a solução em sete dias, que trará resultados de alto desempenho repentinos ou que mudará sua vida para sempre sem que você trabalhe para conseguir isso.

Não, eu não tenho promessas fáceis, nem um plano de carreira em que você trabalhe apenas três horas por semana e fique instantaneamente rico, ou muito menos que ganhe dinheiro dormindo. Eu não sou seu coach, aquele que te emagrecerá de repente, sem que você treine ou faça uma dieta para perder peso. Ou seja, sem o seu comprometimento, eu não sou seu coach.

Eu até posso ter as cartas certas para você, todavia, por meio de persistência, dedicação e muita atitude de sua parte. Se, você se comprometer com suas metas, juntos, chegaremos ao seu objetivo final. Mas veja bem, se VOCÊ se comprometer, e diga-se  de passagem, o comprometimento não é comigo e sim com VOCÊ mesmo.

 Levando em conta, que esse processo pode demorar um tempo determinado, e não horas.

Sugiro a você que elimine agora mesmo toda a ideia equivocada sobre o que é o processo de coaching, e o que ele realiza de fato.

Até porque, a definição de coaching nada mais é que, um processo de desenvolvimento em que contém orientação e transformação de comportamento e mentalidade. Com a finalidade de expandir os resultados que você atinge em proporções específicas da vida, produzir autonomia assim como a habilidade de se autoavaliar e tomar decisões sobre qualquer assunto de sua vida, e com isso, transformar e capacitar pessoas para atingirem seus sonhos e objetivos.  

Um trabalho que ocorre em parceria, entre o coach e o coachee (cliente). Caso contrário, eu não sou seu coach e nem o seu guru, porque não há truques e nem mágica, o que há é dedicação, preparação e ação.  

Eu poderia me desculpar pela maneira de me expressar, antes de finalizar este artigo, entretanto, precisamos eliminar de uma vez por todas essa mentalidade rasa. Os resultados virão se, você se empenhar se dedicar e se comprometer verdadeiramente ao seu propósito de vida.   

Doutra forma, tudo será como sempre foi, e cairemos outra vez na grande insanidade citada por Albert Einstein: esperar por resultados diferentes fazendo sempre as mesmas coisas.  

Eu sei, talvez eu tenha sido intenso ao escrever este conteúdo enérgico. Todavia é importante que você não caia em tais armadilhas da internet e não seja vítima de promessas fácies e completamente irrealistas.

Profissionais tão despreparados e efêmeros, que alguns intitulados do mercado de coachs, nem ao menos se nomeiam corretamente. Por isso, “Eu não sou seu Coach”!

Que tal dedicar-se ao máximo na direção do seu objetivo? Dê um passo de cada vez, até porque o segredo do sucesso é: “Muitas vezes um pouco e não poucas vezes muito” (Fabrício Hoeppers).

Agindo assim e assimilando tamanhas verdades, impediremos “os fanfarrões” de continuar atuando, além disso, não culparemos mais os “coaches efetivos” pela nossa falta de comprometimento e resultados não é mesmo?

E antes de finalizar, gostaria de deixar um recado aos fanfarrões: Ah! E a propósito, você não é Coaching, você é Coach!

Gratidão e até a próxima.

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